quinta-feira, 7 de abril de 2011

Os Templários

“Não por nós, Senhor, não por nós,

mas para que seu nome tenha a Glória.”
A Ordem Templária foi fundada em Jerusalém em 1118, logo após a Primeira Cruzada, mesmo havendo alguns indícios de ter sido fundada quatro anos antes. Seu nome está relacionado ao local de seu primeiro quartel-general, no lugar do antigo Templo de Salomão.
Nove monges veteranos dessa Primeira Cruzada, entre eles Hugues de Payens e Godofredo de Saint Omer, reuniram-se para fundar a Ordem em defesa da Terra Santa. Pronunciaram perante o patriarca de Jerusalém, Garimond, os votos de castidade, de pobreza e de obediência, comprometendo-se, solenemente, a fazer tudo aquilo que estivesse ao seu alcance para garantir as rotas e os caminhos e a defender os peregrinos contra os assaltos e os ataques dos infiéis. Foi dada a fundação da Ordre de Sion (Ordem de Sião) a Godofredo de Bouillon, por volta de 1099. A original Ordem de Sião foi estabelecida para que muçulmanos, judeus e outros indivíduos elegíveis pudessem aliar-se à Ordem cristã e tornar-se Templários.
Freqüentemente podemos encontrar os Templários sendo denominados Soldados de Cristo (Christi Milites), Soldados de Cristo e do Templo de Salomão. A regra que lhes foi concedida por ocasião do Concílio de Troyes, em Champagne, é: Regula pauperum commilitonum Christi Templique Salomonici.
Eles, no começo, viviam exclusivamente da caridade, e tamanha era sua pobreza que não podiam ter mais do que um só cavalo cada um. O antigo sinete da Ordem, no qual aparece a representação de dois cavaleiros em um só cavalo, comprova essa humildade primitiva.
O bispo de Chartres escreveu a respeito dos Templários em 1114, chamando-os de Milice du Christi (Soldados de Cristo).
O primeiro Grão-Mestre da Ordem foi Hugues de Payens, certamente um homem superior. Durante toda a sua vida, testemunhou um pensamento seguro e uma indomável coragem. Inspirado pelo espírito cavalheiresco de seu século, ele não podia ter se tornado apenas um cruzado cujo nome caiu no esquecimento, como o de tantos outros nobres e bravos senhores. Era grandioso armar-se com oito soldados contra legiões numerosas; oferecer-se, sob um céu implacável, aos golpes de um inimigo que observava atentamente sua empreitada e que podia afogá-lo definitivamente, já no primeiro combate, no sangue de seu punhado de bravos.
E foi assim que viveram durante dez anos. Sem pedir reforços nem subsídios, nenhuma recompensa, nenhuma prebenda esperava por eles. Viviam segundo suas próprias leis, vestidos e alimentados pela caridade cristã.
Martin Lunn, em seu livro Revelando o Código de Da Vinci (Madras Editora), fala-nos do Priorado de Sião, que compartilhava com a Ordem do Templo (Cavaleiros Templários) o mesmo Grão-Mestre; eram dois braços da mesma organização até algo conhecido como a “Corte do Olmo”, que aconteceu em Gisors, em 1118. Essa separação entre as duas Ordens foi supostamente causada pela chamada “traição” do Grão-Mestre Gerard de Ridefort que, de acordo com os Dossiês Secretos, resultou na perda de Jerusalém pela Europa para os sarracenos.
Quando do Concílio de Troyes (1128), Hugues e outros seis Cavaleiros compareceram diante dos mais altos dignitários da Igreja. O papa e o patriarca Étienne lhes deram um hábito, e o célebre abade de Clarval, São Bernardo de Clairvaux, encarregou-se da composição de sua regra, modificando parcialmente os estatutos primitivos da sociedade. Foi também São Bernardo quem revitalizou a Igreja Celta da Escócia e reconstruiu o mosteiro de Columba, em Iona (tal mosteiro havia sido destruído em 807 por piratas nórdicos). O juramento dos Cavaleiros Templários a São Bernardo exigia a “Obediência de Betânia – o castelo de Maria e Marta”.
Durante a era das cruzadas, que perfazem um total de oito e as quais continuaram até 1291 no Egito, na Síria e na Palestina, apenas a primeira, de Godofredo, foi de alguma utilidade, como afirma Laurence Gardner, um magnífico autor de nossa editora: “(…) Mas mesmo essa foi desfigurada pelos excessos das tropas responsáveis que usaram sua vitória como desculpa para o massacre de muçulmanos nas ruas de Jerusalém. Não apenas Jerusalém era importante para os judeus e cristãos, porém se tornara a terceira Cidade Santa do Islã, após Meca e Medina. Como tal, a cidade até hoje está no cerne de contínuas disputas. (Embora os muçulmanos sunitas considerem Jerusalém sua terceira cidade Sagrada, os muçulmanos xiitas colocam-na em quarto lugar após Carabala, no sul do Iraque.)
A segunda cruzada para Odessa, liderada por Luiz VII da França e pelo imperador alemão Conrado III, fracassou miseravelmente. Então, cerca de cem anos após o sucesso inicial de Godofredo, Jerusalém caiu sob o poder de Saladino do Egito, em 1187. Foi quando engatilhou a terceira cruzada de Felipe Augusto, da França, e Ricardo Coração de Leão, da Inglaterra, que, entretanto, não conseguiram recuperar a Cidade Santa. A quarta e quinta cruzadas concentraram-se em Constantinopla e Damieta. Jerusalém foi retomada brevemente dos sarracenos após a sexta cruzada, mas ficou longe de reverter a situação. Por volta de 1291, a Palestina e a Síria estavam firmemente sob o controle muçulmano e as cruzadas haviam terminado.
Vejamos alguns preceitos da nova legislação, mas é importante lembrarmos que nessa época os cavaleiros não eram classificados em graus como os nobres. Todo homem que não fosse sacerdote ou servo podia aspirar à Cavalaria e à nobreza moderna tinha aí sua origem. A partícula de não indicava seus nomes, mas a cidade, a vila ou o lugarejo que habitavam. Mais tarde, o nome de sua residência transformou-se em seu nome de família.
Todos os cavaleiros que tenham professado vestem mantos brancos de comprimento médio. Os mantos usados são entregues aos Escudeiros e irmãos servos, ou aos pobres.
Os mantos brancos que os escudeiros e servos vestiam originalmente foram substituídos por mantos negros ou cinzas.
Apenas os cavaleiros vestem mantos brancos.
Cada cavaleiro possui três cavalos, pois a pobreza não permite que tenham mais que isso.
Cada cavaleiro tem somente um escudeiro ao qual não poderá castigar, já que ele o serve gratuitamente.
Ninguém pode sair, escrever ou ler cartas sem autorização do Grão-Mestre.
Os cavaleiros casados habitam à parte e não vestem clâmides ou mantos brancos.
Os cavaleiros seculares que desejam ser admitidos no Templo serão examinados e ouvirão a leitura da regra antes de seu noviciado.
O Grão-Mestre escolhe seu capítulo dentre seus Irmãos. Nos casos importantes que dizem respeito à Ordem ou na admissão de um Irmão, todos podem ser chamados para o capítulo, se essa for a vontade do chefe.
Na obra A História dos Cavaleiros Templários, de Élize de Montagnac, da Madras Editora, encontramos um texto muito oportuno a respeito da iniciação, que passamos a transcrever: “(…) Os estatutos e regulamentos recomendavam, acima de tudo, a prece, a caridade, a esmola, a modéstia, o silêncio, a simplicidade, o desdém à riqueza e à opulência, a abnegação, a obediência, a proteção aos pobres e oprimidos; cuidar dos enfermos; o respeito aos mortos entre outros”. Tal Código de regras é composto de 72 artigos e foi descoberto em 1610, em Paris, por Aubert-le-Mire, cientista e historiador, decano de Anvers.
Mas a cada dia os regulamentos concernentes à hierarquia, à disciplina e ao cerimonial eram ajustados e adaptados ao Código Latino, assim declarado perfectível.
“Portanto não é de se surpreender que, além desse, hoje são conhecidos outros três códigos manuscritos, os quais não são nada mais do que sua continuação. Um foi descoberto em 1794, na biblioteca do príncipe Corsini, pelo cientista dinamarquês Münster; o outro foi encontrado na biblioteca Real por M. Guérard, conservador e restaurador; o terceiro foi encontrado nos arquivos gerais de Dijon por M. Millard de Cambure, mantenedor dos arquivos de Borgúndia.”
E desse último, datado de 1840, é que extraímos a descrição do modo de iniciação dos irmãos cavaleiros; a verdade sobre essas recepções nos sugere serem elas revestidas de um grande interesse, após as absurdas e terríveis lendas que as cercam. Por favor, observem a quantidade de coincidências com nossos rituais (maçônicos).
“Antes que um novo Irmão fosse recebido, era necessário sondar os espíritos para saber se ele vinha de Deus: Probate Spititus, si ex Deo Sunt. Em razão disso, ao longo de certo período, impunham-se ao candidato diversas privações de todas as naturezas; incumbiam-lhe os trabalhos mais pesados e baixos da casa, tais como: cuidar do fogão e da cozinha, girar o moinho, cuidar das montarias, tratar dos porcos, etc. Após isso, procedia-se à admissão, a qual era feita da seguinte forma:
A Assembléia reunia-se, ordinariamente, à noite. O candidato esperava do lado de fora; por três vezes, dois cavaleiros se dirigiam a ele para perguntar-lhe o que ele desejava; e por três vezes o candidato respondia que era sua vontade adentrar a Casa. A seguir, então, o candidato era conduzido à Assembléia, e o Grão-Mestre, ou aquele que presidia a sessão em seu lugar, apresentava-lhe tudo de rude e penoso que o aguardava naquela vida em que estava prestes a entrar. Dizia-lhe: ‘Devereis ficar desperto e alerta quando mais quiserdes dormir, suportar o cansaço quando mais quiserdes repousar. Quando sentirdes fome e quiserdes comer, ser-vos-á ordenado que vades aqui ou acolá, sem vos ser dada nenhuma explicação ou motivo. Pensai bem, meu querido Irmão, se sereis capaz de sofrer todas as asperezas.’ Se o candidato respondesse ‘Sim, eu me submeterei a todas, se assim agradar a Deus!’, o Mestre complementava: ‘Estai ciente, querido Irmão, de que não deveis pedir a companhia da Casa para obter benesses, honrarias e riquezas, nem satisfazer o vosso corpo, principalmente em relação a três aspectos:
1º, Evitar e fugir dos pecados deste mundo;
2º, Servir ao nosso Senhor;
3º, Ser pobre e fazer a penitência nesta vida para a santidade da alma.
Sabei também que sereis, a cada dia de vossa existência, um servo e escravo da Casa.
Estais certo de vossa decisão?’
‘Sim, se assim agradar a Deus, Senhor’.
‘Estais disposto a renunciar para sempre à vossa própria vontade, e nada mais fazer além daquilo que vos for determinado?’
‘Sim, se assim agradar a Deus, Senhor’.
‘Então, retirai-vos e orai a nosso Senhor para que Ele vos aconselhe’.
Assim que o candidato se retirava, o presidente da Assembléia continuava: ‘Beatos senhores, puderam constatar que essa pessoa demonstrou ser possuidora de um grande desejo de ingressar na Casa, e declarou estar disposta a dedicar toda a sua vida como servo e escravo. Se há entre vocês alguém que saiba alguma coisa que possa impedir que essa pessoa seja recebida como cavaleiro, que nos dê conhecimento agora, pois, após sua admissão, ninguém mais terá crédito para fazê-lo’. Caso nenhuma contestação fosse apresentada, o Mestre perguntava: ‘Admitamo-lo como oriundo de Deus?’
‘Por inexistir qualquer oposição, fazei-o retornar como vindo de Deus.’
Então um dos membros que se manifestaram saía ao seu encontro e o instruía como ele deveria pedir seu ingresso.
Retornando à Assembléia, o recipiendário ajoelhava-se e, com as mãos postas, dizia:
‘Senhor, eu compareço perante Deus, perante vós e perante os Irmãos, para vos pedir e implorar em nome de Deus e de Nossa Senhora que me acolham em vossa Irmandade, e nos benefícios da Casa, espiritual e materialmente, como um que será servo e escravo da Casa, em cada um dos dias de toda a sua vida.’
O presidente da Assembléia lhe respondia: ‘Pensastes bem? Ainda pensais em renunciar à vossa vontade em favor do próximo? Estais decidido a submeter a todas as dificuldades e asperezas que vigoram na Casa e a cumprir tudo aquilo que vos for mandado?’
‘Sim, se assim agradar a Deus, Senhor.’
E continuava o presidente, agora se dirigindo aos cavaleiros presentes à Assembléia:
‘Então levantem-se, nobres senhores, e orem a Nosso Senhor e a Nossa Senhora Santa Maria pedindo que ele seja bem-sucedido.’
Em seguida, cada um deles recitava um Pai-Nosso, enquanto os capelães recitavam a oração ao Espírito Santo, e, em seguida, traziam o Evangelho, sobre o qual o recipiendário prestava o seu juramento de responder com franqueza, sinceridade e lealdade às questões seguintes:
1º, Não tendes nem esposa nem noiva?
2º, Não estais engajado em nenhuma outra Ordem; não fizestes nenhum outro voto, juramento ou promessa?
3º, Tendes alguma dívida convosco mesmo ou com algum outro, a qual não vos seja possível pagar?
4º, Estais em plena saúde física?
5º, Não destes, ou prometestes dar, dinheiro a nenhuma pessoa para que, assim, facilitasse vossa admissão à Ordem do Templo?
6º, Sois filho de um cavaleiro e de uma dama; pertencem vossos pais à linhagem dos cavaleiros?
7º, Não sois nem padre, nem diácono, nem subdiácono?
8º, Não fostes excomungado?
Procurai não mentir, pois, se o fizerdes, sereis considerado perjuro e tereis de abandonar a Casa.
Concluído esse interrogatório, o Grão-Mestre, ou aquele que substituía, ainda se dirigindo à Assembléia, indagava se ainda havia algumas outras perguntas a serem formuladas e, caso reinasse o silêncio, ele se voltava ao recipiendário, dizendo:
‘Ouvi bem, meu caro Irmão, o que ainda vos vamos pedir:
Prometei a Deus e a Nossa Senhora que, ao longo de toda a vossa vida, obedecereis ao Mestre do Templo e ao comandante sob cujas ordens estareis sujeito.
E mais: que todos os dias de vossa vida vivereis imaculado.
E mais ainda: prometei a Deus e a Nossa Senhora Santa Maria que, em todos os dias de vossa vida, respeitareis os bons costumes vigentes na Casa e aqueles que os Mestres e os doutos haverão de acrescentar.
Mais: que, em cada um dos dias de vossa vida, ajudareis, com todas as forças e com todo o poder que Deus vos outorgou, a conquistar a Terra Santa de Jerusalém e a proteger e defender as propriedades dos cristãos.
E ainda: que jamais abandonareis essa religião em favor de outra, seja ela qual for, sem permissão do Grão-Mestre e da Assembléia, etc.’
E a cada vez o futuro Cavaleiro devia responder:
‘Sim, se assim agradar a Deus, Senhor.’
Isso feito, aquele que conduzia a Assembléia assim anunciava sua admissão:
‘Vós, por Deus e por Nossa Senhora, por São Pedro de Roma, por nosso Padre Apóstolo e por todos os Irmãos do Templo, acolhei, vosso pai e mãe, e todos aqueles que foram acolhidos em vossa linhagem e em todos os benefícios que já fizeram e farão. E vos comprometeis sobre o pão e sobre a água e sobre a pobre vestimenta da Casa, do sacrifício e do trabalho farto.’
A seguir, tomando o manto do templário, ele o colocava no pescoço do novo cavaleiro, seguido pelo Irmão capelão que entoava o salmo:
‘Ecce quam Bonum et quam jucundum habitare in unum…’ (‘Oh! Quão bom e quão agradável viverem unidos os Irmãos!…’)
Segundo M. Mignard, algumas vezes, durante as iniciações, eles entoavam alguns versículos dos Salmos, ou alguma alocução em alusão ao espírito da fraternidade, como o Salmo 133. E a oração do Espírito Santo;
‘O Espírito de Deus me criou e o sopro do Todo-Poderoso me deu a vida.’
(João 33: 4)
Veni, Creátor Spíritus
[ Ao Espírito Santo]
Veni, Créator Spíritus,
[Espírito criador ]
Mentes tuórum visita,
[Visita a alma dos teus]
Imple supérna grátia,
[Nos corações que criaste]
Quae tu creásti péctora.
[derrama a graça de Deus]
Qui díceris Paráclitus,
[Ó fogo quem vem do alto,]
Altíssimi donum Dei,
[Teu nome é consolador,]
Fons vivus, ignis, cáritas,
[Unção espiritual,]
Et spiritális únctio.
[perene sopro de amor.]
Tu septifórmis múnere,
[Por Deus Pai tão prometido,]
Dígitus patérnae déxterae,
[És dedo da sua mão,]
Tu rite promíssum Patris,
[Os teus sete dons são fonte]
Sermóne ditanas gútura.
[De toda vida e oração]
Accénde lúmen sénsibus.
[Acende o lume das mentes,]
Infunde amórem córdibus.
[Infunde em nós teu amor;]
Infirma nostri córporis,
[nossa carne tão frágil,]
Virtúte firmans pérpeti.
[sustenta com teu vigor.]
Hostem repéllas lóngius,
[Atira longe o inimigo,]
Pacémque dones prótinus,
[Conserva em nós tua paz,]
Ductóre sic te praevio,
[A ti queremos por guia,]
Vitémus omne nóxium.
[noss’alma em ti se compraz]
Per te sciámus da Patrem,
[Ao Pai e ao Filho possamos]
Noscámus atque Fíluim,
[Em tua luz conhecer;]
Teque utriúsque Spíritum
[Dos dois tu és o Espírito,]
Credámus omni témpore.
[O sol de todo saber.]
Deo Patri glória
[Louvemos ao Pai celeste,]
Et Filio qui a mórtuis
[Ao Filho que triunfou,]
Surréxit, ac Paráclito,
[E a quem, de junto ao Pai,]
In saeculórum saecula. Amen.
[à santa Igreja enviou. Amém.]
…então aquele que tornou Irmão o novo cavaleiro levanta-o, beija-lhe a boca (era costume que o Irmão capelão assim o fizesse, como também era normal que os reis se cumprimentassem dessa mesma forma) e, convidando-o a sentar-se diante de si, diz: ‘Caro Irmão, nosso Senhor vos conduziu ao vosso desejo e vos introduziu em uma fraternidade tão bela como esta Cavalaria do Templo, pela qual deveis dedicar extrema atenção para jamais cometer algo que vos faça perdê-la – que assim Deus vos conserve!’
Finalmente, depois de enumerar as causas que poderiam acarretar a perda do hábito e da Casa, depois de ter lido para ele os regulamentos disciplinares, acrescentava:
‘Já vos dissemos as coisas que deveis fazer e as coisas das quais deveis manter-se afastado… E, se por acaso não abordamos tudo o que deveria ser dito sobre os nossos deveres, vós indagareis. E Deus vos ajudará a falar e a fazer o bem. Amém!’ (referência ao maior deus egípcio Amon). (Nesse momento, o Grão-Mestre selava com os lábios o cóquis (cóccix), o fim ou início da espinha dorsal, que é o equilíbrio do homem, seu eixo central, um chacra, que são pontos energéticos no corpo humano.)
Pois bem, aí está, segundo as únicas regras conhecidas, como eram realizadas as cerimônias de iniciação qualificadas de infames, e nas quais eram ultrajadas tanto a divindade como a moral; mas nas quais, na realidade, o maior crime cometido era o de continuarem secretas.
O mistério com o qual os templários cercavam suas reuniões enchia de terror a imaginação dos contemporâneos daquela época, e não foge muito de nossa época também. Em geral, tudo o que os homens não podiam ver ou compreender adquiria, aos seus olhos, as mais sinistras tonalidades. Em 1789, quando a população sitiou a Bastilha, imaginava-se ser de boa-fé trabalhar pela libertação de grandes grupos de prisioneiros abandonados nas celas das prisões. Qual não foi o seu espanto ao ver as vítimas do despotismo real? Não havia mais do que sete, entre os quais falsários e dois desequilibrados mentais”.
A influência templária cresceu rapidamente. Os templários guerrearam heroicamente nas diversas cruzadas e também chegaram a ser os grandes financiadores e banqueiros internacionais da época; em conseqüência, acumularam grandes fortunas. Calcula-se que, antes da metade do século XIII, eles possuíam nove grandes propriedades rurais apenas na Europa. O Templo de Paris foi o centro do mercado mundial da moeda, e sua influência, assim como sua riqueza, era também muito grande na Inglaterra. No fim do mesmo século, diz-se que haviam alcançado uma receita cujo montante era equivalente a dois milhões e meio de libras esterlinas atuais, ou seja, maior que a de qualquer país ou reino europeu daqueles dias. Acredita-se que, a essa altura, os templários eram cerca de 15 ou 20 mil cavaleiros e clérigos; porém, ajudando-os, havia um verdadeiro exército de escudeiros, servos e vassalos. Pode-se conceber uma influência com base no fato de que alguns membros da Ordem tinham a obrigação de assistir aos grandes Concílios da Igreja, como o Concílio de Lateranense, de 1215, e o de Lyons, de 1274.
Os cavaleiros templários trouxeram para o Ocidente um conjunto de símbolos e cerimônias pertencentes à tradição maçônica, e possuíam um certo conhecimento que agora é transmitido somente nos Graus filosóficos e capitulares da Maçonaria. Desse modo, a Ordem era também um dos depositários da sabedoria oculta na Europa durante os séculos XII e XIII, embora os segredos completos fossem dados somente a alguns membros; portanto, suas cerimônias de admissão eram executadas pelo Grão-Mestre, ou Mestre que esse designasse, pois eram estritamente religiosas e em absoluto segredo, como já mencionamos. Por causa desse segredo, a Ordem sofreu as mais terríveis acusações.
Há também uma passagem no ritual templário, na qual o pão e o vinho eram consagrados em capítulo aberto durante uma esplêndida cerimônia: tratava-se de uma verdadeira eucaristia, um maravilhoso amálgama do sacramento egípcio com o cristão.
A Eliminação dos Templários
A supressão dessa poderosa Ordem é uma das maiores máculas na tenebrosa história da Igreja Católica Romana. Os relatos do processo francês foram publicados por Michelet, o grande historiador, entre 1851-61, e existe uma excelente compilação das provas apresentadas, tanto na França como na Inglaterra, em uma série de artigos que apareceram em 1907 na Ars Quattuor Coronatorum (XX, 47, 112, 269). Vamos apenas apresentar um esboço do que aconteceu:
Filipe, o Belo, então rei da França, necessitava desesperadamente de dinheiro. Já havia desvalorizado a moeda e aprisionado os banqueiros lombardos e judeus e, depois de confiscar-lhes suas riquezas, acusando-os falsamente de usura – algo abominável para a mente medieval –, expulsou-os de seu reino. Em seguida, resolveu desfazer-se dos templários, depois que eles haviam lhe emprestado bastante dinheiro e, como o papa Clemente V devia sua posição às intrigas de Filipe, o assunto não foi difícil de ser resolvido. Sua tarefa foi facilitada ainda mais pelas acusações apresentadas pelo ex-cavaleiro Esquin de Floyran, que tinha interesse pessoal no assunto e pretendeu revelar todo o tipo de coisas malévolas: blasfêmia, imoralidade, idolatria e adoração ao demônio na forma de um gato preto.
Essas acusações foram aceitas por Filipe com deleite. E em uma sexta-feira, 13 de outubro de 1307, todos os templários da França foram aprisionados sem nenhum aviso prévio por parte do mais infame tribunal que jamais existiu, um aglomerado de demônios em forma humana, chamado, em grotesca burla, de Santo Ofício da Inquisição que, nesses dias, tinha plena jurisdição naquele e em outros países da Europa. Os templários foram horrivelmente torturados, de modo que alguns morreram e os outros assinaram toda a classe de confissões que a Santa Igreja desejava. Os interrogatórios se relacionavam principalmente à suposta negação de Cristo e ao fato de terem cuspido na cruz e, em menor grau, com graves acusações de imoralidade. Um estudo das evidências revela a absoluta inocência dos templários e a engenhosidade diabólica mostrada pelos oficiais do Santo Ofício, encarregados da prisão dos acusados pela Inquisição, que os mantinha incomunicáveis, carentes de defesa adequada e de consulta pertinente, ao mesmo tempo em que faziam circular a versão de que o Grão-Mestre havia confessado diante do papa a existência de crueldades na Ordem. Os Irmãos foram convencidos por meio de adulações e promessas, subornados e torturados, até confessarem faltas que jamais haviam cometido, e tratados com a mais diabólica crueldade.
Assim era a “justiça” daqueles que usavam o nome do Senhor do Amor durante a Idade Média; assim era a compaixão exibida em relação a seus fiéis servidores, cuja única falta foi a riqueza, obtida legalmente para a Ordem e não para si mesmos. Filipe, o Belo, obteve dinheiro. Mas, que carma, mesmo com 20 mil vidas de sofrimento, poderá ser suficiente para um ingrato vil? A Igreja romana, sem dúvida, tem sua participação. E pergunto: como cancelar uma maldade tão incrível quanto essa?
O papa desejava destruir a Ordem e reuniu o concílio em Viena, em 1311, com tal objetivo, mas os bispos recusaram-se a condená-la sem primeiro escutá-la. Então, o papa aboliu a Ordem em um consistório privado efetuado em 22 de novembro de 1312, apesar de ter aceitado o fato de que as acusações não haviam sido comprovadas. As riquezas do Templo deviam ser transferidas à Ordem de São João; porém, o certo é que a parcela francesa foi desviada para os cofres do rei Filipe.
O último e mais brutal ato dessa desumana tragédia ocorreu em 14 de março de 1314, quando o Venerável Jacques de Molay, Grão-Mestre da Ordem Templária, e Gaufrid de Charney, Grande Preceptor da Normandia, foram queimados publicamente como hereges reincidentes, em frente à grande Catedral de Notre Dame. Quando as chamas os rodearam, o Grão-Mestre incitou o rei e o papa a que, antes de um ano, se reunissem a ele diante do trono de julgamentos de Deus e, de fato, tanto o papa como o rei morreram dentro do prazo de 12 meses.
Temos notícias que alguns cavaleiros templários franceses se refugiaram entre seus Irmãos do Templo da Escócia e, naquele país, suas tradições chegaram a fundir-se, em certa medida, com os antigos ritos celtas de Heredom, formando, assim, uma das fontes das quais mais tarde brotaria o Rito Escocês Antigo e Aceito.
Há muito pouco tempo, a escritora Barbara Frale encontrou na biblioteca do Vaticano um documento denominado “Chinon”. Trata-se de uma carta na qual o papa Clemente V perdoa o Grão-Mestre Jacques de Molay. Você poderá saber disso com mais detalhes na obra de Barbara Frale: Os Templários – E o Pergaminho de Chinon encontrado nos arquivos secretos do Vaticano, da Madras Editora.
Por Wagner Veneziani Costa
http://blog.madras.com.br/

A História dos Graus de Cavalaria

A História dos Graus de Cavalaria

deldebbio | 7 de abril de 2011
Desde a instituição dos Nobres Cavaleiros da ordem Sagrada dos Soldados Companheiros de Jacques DeMolay em 1947, a única iniciação conferida em Convento, escrita exclusivamente por Frank Sherman Land, era a atual cerimônia de investidura. Porém em meados de 1967 o Convento de Cincinnati aprovou dois outros graus, “Ébano” e “Anon”, que em princípio foram concedidos regionalmente, mas acabaram por incentivar a criação de diversas cerimônias com relativo sucesso.

O Tio J. William Kutshbach, Diretor da Cavalaria de Ohio, foi um grande entusiasta dos graus conventuais. Praticante do Rito Escocês Antigo e Aceito, ele planejou um sistema de graus suplementares ao Convento, escalonados ao estilo “escocês”. Em 1972, durante a sessão do Supremo Conselho Internacional, Kutshbach assistira a uma dramatização denominada “O Painel” (The Tableau), apresentada pelos Conventos do Texas. Esse “Tableau” descrevia o martírio de Jacques DeMolay e causou uma forte impressão em todos; Kutshbach utilizou a sua estrutura dramática para transformá-lo no grau de Ex-Templário. Naquele mesmo ano, os graus de Ex-Templário, Ébano e Anon foram outorgados na convocação estadual organizada pelo Convento “Buckeye”.
A investidura de 1972 produziu grande repercussão. Uma vez que, de certa forma, o grau de Ex-Templário complementava o grau DeMolay, Tio Kutshbach sentiu-se motivado a explorar melhor a história da Ordem do Templo. Em companhia de Cavaleiros da região de Columbus, elaborou o grau da Tríade, que foi conferido na convocação estadual de 1973. Entre os graus de Ex-Templário e Tríade, o Convento estadual apresentava o “Tableau de Ohio”, uma pequena cerimônia que fizera parte do ritual DeMolay antes que fosse revisado na década de 1930. Em 1974 surgiu o grau honorífico do Manto Prateado, planejado para equivaler à Legião de honra DeMolay e então oferecido ao Tio Chester Hodges.
Kutshbach esboçara uma série de dez graus de Cavalaria, dos quais existiam apenas cinco. As cerimônias restantes ficaram sob a responsabilidade de Pat King. Surgiram deste modo os graus de Cavaleiro da Capela, Cavaleiro da Cruz de Salém, Cavaleiro da Cadência, Comendador e Grã-Cruz. No entanto, o Convento “Buckeye” dissolveu-se antes da conferência desses títulos, que estiveram desperdiçados e esquecidos até bem recentemente.
Havia outros rituais que, apesar de prontos, não foram incluídos na nomenclatura do “Ilustre Rito da Cavalaria de Ohio” do Convento “Buckeye”. Entre eles, estava uma cerimônia pública institulada “Cavaleiros, Bufões e Menestréis”, elaborada pela família Kutshbach, de caráter humorístico e inspirada na Ordem dos Shriners da América do Norte, que foi apresentada uma única vez durante um seminário DeMolay. Outra cerimônia pública era o “grau” de Cavaleiro da Rosa, escrito por Alice MacKinley Roberts na década de 1960 e equivalente à Cerimônia das Flores. Baseados em um obsoleto grau de Past-Master (Ex-Mestre Conselheiro) do Grande Capítulo de Ohio, Pat King e Craig Mount também haviam composto um cerimonial chamado “Quinta Seção”, destinado somente a Primeiros Conselheiros, Mestres Conselheiros, Ex-Mestre Conselheiros e seus equivalentes na Cavalaria. Além disso, foram revividos os graus de Cavaleiro da Rosa Branca e Cavaleiro das Cruzadas, ambos originários da “Ordem das Cruzadas”, uma dissidência rival da Ordem DeMolay que surgiu em 1950 e sobreviveu por apenas quatro anos.
O Supremo Conselho Internacional nunca autorizou os rituais do Ilustre Rito da Cavalaria. Entretanto, sob influência do Grande Acampamento dos Cavaleiros Templários dos EUA, reativaram-se os graus do Ébano e de Anon, mas apenas o primeiro foi adotado definitivamente como “Ordem do Ébano”, seguindo a denominação característica dos graus do Rito York. A Ordem do Ébano tornou-se um apêndice da Ordem da Cavalaria, conferido por direito aos Cavaleiros maiores de 19 anos, ainda que o seu sentido acabasse empobrecido pela ausência do seu complementar, o grau de Anon. A Ordem da Cavalaria foi introduzida no Brasil obedecendo a esse sistema de dois graus.
A idéia de reviver o “Ilustre Rito da Cavalaria de Ohio” no seio do Supremo Conselho da Ordem DeMolay para o Brasil partiu do Irmão Marcelo Brito, que no ano de 2004 presidia a Comissão de Ritual, Liturgia e Jóias. Por coincidência, o Irmão Brito encontrara o Irmão Pat King, que lhe confiou cópias datilografadas daqueles rituais. A Comissão de Ritual, Liturgia e Jóias iniciou um intenso trabalho de tradução dos originais, que, planejados para teatro, tiveram de ser forçosamente adaptados à apresentação em templo.
No dia 31 de março de 2005, o então Grande Mestre do Supremo Conselho da Ordem DeMolay para o Brasil, Tio Toshio Furukawa, expediu o Decreto nº 004 / 2004-2005, que autorizava e instituía legalmente os graus de Cavaleiro da Capela, Cavaleiro da Cruz de Salém, Ex-Templário, Tríade, Anon, Cavaleiro da Cadência, Comendador, Grã-Cruz e Manto Prateado, além do Tableau de Ohio como cerimônia “adicional”. O grau do Ébano foi suspenso até que o grau da Tríade fosse conferido para que se estabelecesse a ordem cronológica das investiduras. Esses graus foram então divididos em três conjuntos ou “séries” a serem concedidas em seqüência, lembrando o plano do Rito Escocês Antigo e Aceito, como imaginaria Kutshbach.

sábado, 20 de novembro de 2010

O que é...

A Ordem DeMolay é a maior organização fraternal juvenil do mundo, de fins filosóficos e filantrópicos, para a qual somente jovens homens, de 12 à 21 anos, podem ingressar. 

A Ordem DeMolay procura trabalhar a formação do caráter dos jovens nos mais diversos aspectos, preparando-os para serem melhores homens, cidadãos e líderes no futuro, incutindo-lhes a importância de uma vida com retidão, baseada em valores e ideais que devem ser cultivados, e desenvolvendo o conjunto de fatores que formam a personalidade de todos os homens de bem que lutam pela emancipação pacífica e progressista da humanidade.
A Ordem foi criada em 18 de Março de 1919, em Kansas City, Missouri, por Frank Sherman Land, que como Maçom ativo, obteve o apoio da instituição. Desde então os Capítulos são patrocinados por Lojas Maçônicas.
A Ordem DeMolay veio para o Brasil através do Tio Alberto Mansur. O Brasil é país onde a Ordem DeMolay mais cresce, depois dos Estados Unidos, com cerca de 80 mil jovens iniciados espalhados por mais de 500 Capítulos por todo o país.
A Ordem carrega o nome de Jacques DeMolay, como seu patrono, mártir de lealdade e tolerância. Jacques DeMolay, foi um expedicionário das cruzadas, no século XIV. Foi queimado no fogueira da Inquisição por não trair seus irmãos e seguidores. Do seu exemplo, a Ordem DeMolay aprendeu a lição da importância da honestidade, da lealdade e do amor fraterno. Nós DeMolays reverenciamos sua memória e tentamos viver nossas vidas baseadas nestes princípios.
Assim, a Ordem DeMolay possui em seu fundamento sete princípios basilares, os quais são chamados Virtudes Cardeais: Amor filial, Reverência pelas Coisas Sagradas, Cortesia; Companheirismo, Fidelidade, Pureza e Patriotismo.
Na Ordem DeMolay o jovem é encorajado a se expressar e fazer suas opiniões conhecidas; falar com outros jovens e discutir problemas comuns à juventude e a cada um é o primeiro passo. Também na Ordem DeMolay, o jovem será ajustado a se tornar um tipo de pessoa que será um crédito para a sociedade, não por ser forçado à isso, mas porque sentirá uma vontade própria porque essa é a coisa certa a fazer, como homem ou como DeMolay. Com as pressões de hoje sobre o jovem e as exigências postas sobre eles, cabe-lhes o direito de serem chamados de jovens, e como resultado, o mundo tem o direito de esperar que eles conduzam suas vidas de acordo. A Ordem DeMolay transforma bons jovens em melhores jovens. A Ordem DeMolay tem o poder de alistar jovens de bons princípios, e transformá-los em verdadeiros líderes, dando-lhes os ensinamentos e leis diárias para dirigir os rumos de suas vidas e até da sua nação. Cada jovem é um líder em potencial; falta-lhe o devido treinamento, e isto a Ordem DeMolay fornece a ele.
    Este treinamento baseia-se principalmente no verdadeiro coração da Ordem DeMolay - seu Ritual - meio por onde o jovem elimina qualquer sentimento de inutilidade, ao contrário, dando aos jovens a certeza de ser alguém.
Através de projetos filantrópicos, o DeMolay demonstra sua preocupação com os menos afortunados e com a sociedade, dando ao jovem um senso de satisfação por estar contribuindo na ajuda à humanidade, tornando o mundo um melhor lugar para todos.
Os objetivos da Ordem DeMolay são metas que os líderes e todos os demais devem se esforçar por alcançar, não somente nos dias das reuniões, mas sim em cada momento de suas vidas, em todos os dias, em todas as suas atividades.
Sem pretensão de tomar o lugar do lar, da igreja ou da escola, a Ordem exerce um papel coadjuvante, mas importante, com um programa de ensinamentos que visa uma boa cidadania a seus membros.
A Ordem DeMolay não pretende ser um pequeno grupo dentro da comunidade, mas, sim, uma organização que fará todos o possível para trazer para junto de si êmio todo jovem que se encontre nas condições exigidas.
Para adentrar a esta grandiosa organização de jovens, que é a Ordem DeMolay, o jovem precisa trazer consigo sete princípios básicos e considerados pela Ordem de Suma importância para a formação de qualquer homem ou DeMolay. E se algum jovem abraça estas sete Virtudes, com certeza não passará despercebido pela Ordem DeMolay. Um DeMolay vendo um jovem que carrega consigo a filosofia e os princípios da Ordem DeMolay tem a obrigação de fazer-lhe o convite de vir a ser um DeMolay, dividindo com ele as alegrias e as espirituais recompensas da Ordem DeMolay, praticando ao mesmo tempo os magníficos ensinamentos da Ordem.

  Ética de um DeMolay
Um DeMolay serve a Deus;
Um DeMolay respeita todas as mulheres;
Um DeMolay é honesto;
Um DeMolay ama e honra seus pais;
Um DeMolay é leal aos ideais e aos amigos;
Um DeMolay cumpre sua palavra;
Um DeMolay é educado;
Um DeMolay é puro e leal;
Um DeMolay é patriota na paz e na guerra;
Um DeMolay luta contra o analfabetismo;
Um DeMolay cumpre as leis;
Um DeMolay por preceito e exemplo deve preservar a boa conduta a que livremente se comprometeu.